quarta-feira, 7 de julho de 2010

IDEOLOGIA EU QUERO UMA PRA VIVER













Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, nascido no Rio de Janeiro, em 4 de abril de 1958.
No início dos anos 80, um garoto dourado do sol de Ipanema surpreendeu o cenário musical brasileiro.
À frente de uma banda de rock cheia de garra, começou a dar voz aos impulsos de uma juventude ávida de novidades. Ele, Cazuza, era a grande novidade.
Cantor e compositor brasileiro que ganhou fama como símbolo da sua geração como vocalista e principal letrista da banda Barão Vermelho.
Sua parceria com Roberto Frejat foi criticamente aclamada.
Dentre as composições famosas junto ao Barão Vermelho estão "Todo Amor Que Houver Nessa Vida", "Pro Dia Nascer Feliz", "Maior Abandonado", "Bete Balanço" e "Bilhetinho Azul".
Cazuza tornou-se um dos ícones da música brasileira do final do século XX.
Dentre seus sucessos musicais em carreira solo, destacam-se "Exagerado", "Codinome Beija-Flor", "Ideologia", "Brasil", "Faz Parte Do Meu Show", "O Tempo Não Pára" e "O Nosso Amor A Gente Inventa".
Suas atitudes irreverentes e declarações espalhafatosas, fizeram com que aparecesse cada vez mais como artista e personalidade.
A princípio, tudo isso só contribuía para chamar a atenção para o grupo todo.
Cazuza também ficou conhecido por ser rebelde, boêmio e polêmico, tendo declarado em entrevistas que era bissexual.
Em 1989 declarou ser soropositivo, uma das primeiras personalidades brasileiras a reconhecer publicamente.
Cazuza descobriu que estava com o vírus em 1987, durante a turnê de lançamento do álbum "Só se for a 2".
Nos 3 anos seguintes, o cantor passou a viajar constantemente em busca de tratamentos alternativos para a doença.
No início de 1988, um ano marcado pela estabilização de seu estado de saúde e pela sua definitiva consagração artística.
O disco "Ideologia" vendeu meio milhão de cópias.
Na contracapa, mostrou um Cazuza mais magro por causa da doença, com um lenço disfarçando a perda de cabelo em função dos remédios.
No seu conteúdo, um conjunto denso de canções expressou o processo de maturação do artista.
Em outubro de 1989, depois de quatro meses seguindo um tratamento alternativo em São Paulo, Cazuza viajou novamente para Boston, onde ficou internado até março do ano seguinte.
Seu estado já era muito delicado e, àquela altura, não havia muito mais o que fazer. Foi assim que ele morreu, dia 7 de julho de 1990.
O enterro aconteceu no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Sua sepultura está localizada próxima às de astros da música brasileira como Carmen Miranda, Ary Barroso, Francisco Alves e Clara Nunes.
No pouco que viveu, Cazuza deixou uma obra para ficar.
Bebeu na fonte da tradição viva da MPB para recriar, num português atual e espontâneo, cheio de gírias, e num estilo marcadamente pessoal, a poesia típica do rock. Com justiça, foi chamado de o poeta da sua geração.
Após sua morte, seus pais quiseram continuar a luta pela Aids, nascia então a Sociedade Viva Cazuza, foi fundada em 1990, em memória do cantor e compositor. Naquele ano, a Sociedade iniciou os trabalhos em parceria com o Hospital Gaffrée e Guinle, no Rio de Janeiro, passando a atender crianças e adolescentes com o vírus HIV.
Atualmente, a Sociedade Viva Cazuza possui o projeto de Adesão ao Tratamento, em que atende 140 pacientes por mês, pela rede pública de saúde.
"Eu me sinto sempre ganhando presentes. Se faço uma entrevista e leio depois no jornal, acho tudo o máximo, o texto, a foto… Estou sempre ganhando brinquedos. Minha vida é muito assim: sempre morrendo de rir, nunca com tédio. E quer saber de uma coisa? O que salva a gente é a futilidade." (Cazuza)
"Você está vivo. Esse é o seu espetáculo. Só quem se mostra se encontra. Por mais que se perca no caminho." (Cazuza)
"Tenho amor incondicional pelas pessoas que entram em minha vida e sinceramente, não sei o quanto isso é bom nos dias atuais. Talvez esse seja meu pior defeito." (Cazuza)
Maiores Curiosidades: www.cazuza.com.br
Beijos
Nâna.

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